domingo, 28 de fevereiro de 2010

28/02/10 - Dom: 189 km - Ushuaia > Estância Harberton > Tolhuin

Crânio de Cachalote

Museu Maritmo

Paso Garibaldi

Paso Garibaldi

Vale Escondido

Vento Patagonico

Darwin

Arvore Deitada

Maquinário para tosar ovelhas

Foto Propaganda_1

Foto Propaganda_2

Estância Harberton

Eu sou um Yámana

Jardim Harberton

Jardim Harberton

Lago Fagnano

Lua_1
Lua_2

Lua_3

Acordo tarde com o dono da pousada batendo na porta. São 11h e o chek-out era às 10h. A pizzada virtual de ontem foi até altas horas, estou pregado. Além do que hoje é domingo! Levanto, pego as minhas coisas e vou almoçar.

Hoje começo a subir em latitude. Saio de Ushuaia com muito vento, a sensação térmica lá embaixo e um tempo que muda a cada 5 minutos entre sol e chuva.

Volto a subir pela Ruta 3. Após 40 km faço um desvio para conhecer a Estância Harberton, que já estava planejado. Esta foi a primeira estância da Terra do Fogo, fundada pelo padre anglicano Thomas Bridges. Após dedicar quase 40 anos de sua vida às missões anglicanas na Terra do Fogo o governo argentino lhe concede 20 hectares de terra no local que ele escolher. Bridges conhecia em detalhes as baías do Beagle e escolheu uma área muito bonita e abrigada do vento, tão forte e constante que no caminho vejo as famosas árvores que crescem tortas.

Atualmente a estância não está mais em funcionamento, se tornou economicamente inviável devido ao terreno acidentado e à localização. Mesmo assim é uma viagem no tempo. Não há outros turistas e a simpática guia Vanina faz um tour só para mim e para o cachorro Darwin, que nos acompanha durante todo percurso. Primeiro visitamos um pequeno cemitério onde estão enterrados alguns nativos Yámanas que trabalharam na estância, além de membros das famílias Bridges e Lawrence. Em seguida entramos em um bosque para aprender um pouco mais sobre a espécie Nothofagus e também ver duas réplicas de como eram as cabanas montadas pelos índios Yámanas.

De volta à estância vou conhecer o local onde eram tosadas as ovelhas. Apesar de inativa e algumas teias de aranha, tudo está do jeito que era há 30 anos: máquinas diversas à vapor e à diesel , correias, baias das ovelhas, tosadores, prensas de lã... incrível. Carpintaria onde eram construídos os barcos (a estrada de terra que leva à estância foi aberta apenas nos anos 70), sede principal e jardim com muitas e muitas flores, quase todas trazidas da Inglaterra.

Saindo da Estância há um Museu Marítimo. A atual dona da estância (bisneta de Thomas Bridges) é bióloga matinha e se dedica ao estudo de baleias, golfinhos, toninhas, leões marinhos, focas, pinguins, cormorões etc. Neste lugar aprendi que existe um leopardo marinho, muito agressivo segundo a bióloga Ana, que também fez um tour particular para mim. Valeu muito a pena, o museu exibe diversos esqueletos destes animais e muitos ossos de baleias, entre eles um enorme crânio de cachalote! Minha mãe ia pirar neste lugar.

Retorno à Ruta 3 e atravesso de volta os Andes para a planície fueguina. Após o Paso Garibaldi já se pode avistar novamente os lagos escondido e fagnano. O sol está se pondo e no horizonte vejo subir uma lua cheia espetacular ainda meio alaranjada. Pena que a foto não mostra as cores reais. Nessa hora dá vontade de ter aquelas câmeras de japonês.

Resolvo parar em Tolhuin, a cidade de frente para o lago fagnano, e me hospedar na Hosteria Kaiken. Janto e vou dormir. Faz 5 ºC, a mínima até agora.

Até amanhã,

PC

sábado, 27 de fevereiro de 2010

24/02/10 a 27/02/10 - Qua a Sáb: 88 km

Glaciar Martial

Ingleses na Patagonia

Ingleses na Patagonia

Beagle com vento

Ushuaia de longe

Ushuaia de noite

Água cristalina

Canal Beagle

Canal Beagle

Eu daqui a alguns anos

Farol Longe

Farol Perto

Leão marinho de dois pelos

Lua de Ushuaia

Monte Olivia
Trekking nas Ilhas Bridges

Quatro dias em Ushuaia conhecendo muitos hotéis e operadoras de turismo. Nestes dias não fiz outra coisa senão trabalhar. Esse é um dos objetivos da minha viajem. Total acumulado nestes dias: 88 km.

No sábado à tarde fui convidado para fazer um passeio de barco no Canal Beagle. Foi ótimo, pode-se ver a cidade de longe e os Andes atrás. No inverno deve ser ainda mais bonito com os cumes brancos. O barco passa perto do Monte Olívia, que tem o formato de uma pirâmide, e em algumas ilhas com leões marinhos, cormorões e gaivotins, além do famoso farol de Ushuaia. Antes de voltar paramos em uma ilha para uma pequena caminhada. Ao descer do barco impressiona como a água do canal é cristalina.

À noite participei de uma pizzada virtual com os meus amigos de São Paulo via Skype. A Marina levou o micro dela e eu fiquei “sentado” na cabeceira da mesa. Foi muito divertido e dei muitas risadas.

Abs,

PC

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

23/02/10 - Ter: 27 km - 3º dia em Ushuaia

Ushuaia com sol

Despedida da cabana

Ushuaia a noite

Faz sol, o céu está azul, venta bastante e a temperatura é de 11ºC. Demoramos para sair da cabana. Hoje é um dia triste pois a Marina volta ao Brasil e eu fico mais alguns dias aqui em Ushuaia para trabalhar. Vamos almoçar no centro e ficamos tranquilos, sem passeios radicais hoje.

Como passa rápido! Viajei 6 dias sozinho até encontrá-la em Trelew. Ficamos 10 dias juntos passeando por todos estes lugares que vocês viram, foram momentos inesquecíveis. De repente é difícil saber que vou ter que me adaptar à rotina solitária novamente: carro, hotéis, restaurantes e passeios.

Na despedida do aeroporto, foram muitos lenços de papel.
Tchau Mazinha, até a volta. Foi muito bom viajar com você!

PC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

22/02/10 - Seg: 24 km - 2º dia de passeios em Ushuaia

Foto besta

Ma quase no topo

Ma -Canal

Ma -neve


PC e Ma -descendo

PC e Ma - Glaciar Martial

PC subindo

PC - Topo

Teleférico Martial

Ushuaia olhando para o norte

Ushuaia olhando para o sul

Vista Canal Beagle - Inicio

Vista Canal Beagle - Meio

Vista Canal Beagle - Topo

Muitas flores

Mais uma noite em nossa deliciosa cabana. Já queremos morar nela pra sempre. O café da manhã deixado pelas moças tem suco de laranja, café, leite, medialunas, requeijão, geléias e doce de leite argentino, claro!

Hoje sim vamos ao Glaciar Martial. As cabanas ficam na rua que leva à base do teleférico. Em 5 minutos já estamos sentados na cadeira a 8 metros do chão, passando um frio absurdo. Saco da mochila as luvas e o gorro. Pra ajudar começa a pingar. Ao descer do teleférico o jeito é começar a andar logo. Temos um desnível de quase 300 metros para subir em 1,5 km de extensão. No início é mais tranquilo depois a inclinação vai piorando, chega aos 40º segundo o folheto do teleférico. Logo já estamos tirando luvas, gorro e abrindo os casacos. Parou de garoar. Vamos subindo ao lado de um riacho que desce da geleira e que usamos para tomar água fresquinha. 1 hora depois chegamos quase no topo do glaciar, estamos caminhando sobre a neve e até começa a nevar! A vista da cidade, do canal Beagle e das montanhas em volta de nós é maravilhosa.

Descemos para a cidade e caminhamos pela San Martin. Ushuaia é um grande free shop ao ar livre, alguns impostos foram banidos daqui na década de 70, principalmente os industriais, para estimular o povoamento da Terra do Fogo. Mesmo assim a cidade tem hoje 70 mil habitantes. Às vezes vemos um crescimento desordenado nas montanhas, algumas favelas e desmatamento de florestas nativas. Pois é tem que falar tudo, as coisas boas e as ruins.

Entramos em várias lojas e a Marina faz a festa com os perfumes e cosméticos. Eu não encontrei o relógio que procuro para usar na corrida.

À noite decidimos não jantar na cidade. Fizemos um queijo e vinho em nossa cabana!

Até amanhã,
PC e Marina